Inflamação é a resposta do nosso organismo a qualquer fator que nos cause uma lesão, com o objetivo de fazer a reparação. Não existe reparação se não houver inflamação, sendo assim, inflamação nada mais é do que o “conserto” de algo danificado em nosso organismo, por isso deve-se ter atenção especial quanto ao uso indiscriminado de antiinflamatórios.
Drogas como ácido acetilsalicílico, naproxeno e diclofenaco fazem parte do grupo dos anti-inflamatórios e são populares porque funcionam bem como analgésicos. Para os profissionais de saúde, porém, são uma faca de dois gumes, porque, ao mesmo tempo em que agem contra a dor, também causam uma série de estragos silenciosos. Eles não só lesam o estômago como todo o tubo digestivo. Essas lesões ocorrem porque tais medicamentos inibem a ação da cicloxigenase, enzima fundamental na produção das prostaglandinas. Com a diminuição de prostaglandinas, a mucosa fica exposta a substâncias que são importantes para o processo digestivo, mas podem agredir o estômago, como o ácido clorídrico e a pepsina, enzima responsável pela digestão de proteínas.
* Úlceras (lesões na parede estomacal ou na primeira parte do intestino delgado);
* Perfurações (orifícios na parede do estômago causados por fluidos e ácidos estomacais se uma úlcera não é tratada);
* Obstrução (fechamento da saída do estômago por causa do inchaço e das cicatrizes de uma úlcera);
* Sangramento no estômago ou no duodeno.
Em todo o mundo, mais de 30 milhões de pessoas recorrem diariamente aos anti-inflamatórios para combater dores crônicas, muitas vezes praticando a automedicação e sem conhecer os riscos desse tipo de medicamento. Embora a probabilidade de lesões aumente de acordo com a freqüência do uso do medicamento e a dosagem, um único comprimido já pode afetar o sistema gastrointestinal., Tomar o anti-inflamatório com leite ou nas refeições não reduz os riscos. A melhor maneira de evitar problemas é utilizar esses remédios só sob orientação médica.