quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Consumo de Anti-inflamatórios.


Anti-inflamatórios é uma classe de medicamentos frequentemente indicada para tratamento de dores associadas à inflamação e lesão tecidual, agindo na inibição da síntese de prostaglandinas (substâncias que protegem a mucosa gástrica). Também possuem propriedades antitérmica, analgésica e antitrombótica.
Anti-inflamatórios podem ser divididos em dois grupos: esteróides e não-esteróides. O grupo esteróide, também denominado hormonal, é derivado de corticóides (provenientes de cortisona), que inibem as prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório. Já o grupo não esteróide é também denominado não-hormonal. Seu modelo mais comum é a aspirina. Ele também atua no combate ao processo inflamatório e minimiza dores.

Inflamação é a resposta do nosso organismo a qualquer fator que nos cause uma lesão, com o objetivo de fazer a reparação. Não existe reparação se não houver inflamação, sendo assim, inflamação nada mais é do que o “conserto” de algo danificado em nosso organismo, por isso deve-se ter atenção especial quanto ao uso indiscriminado de antiinflamatórios.

Drogas como ácido acetilsalicílico, naproxeno e diclofenaco fazem parte do grupo dos anti-inflamatórios e são populares porque funcionam bem como analgésicos. Para os profissionais de saúde, porém, são uma faca de dois gumes, porque, ao mesmo tempo em que agem contra a dor, também causam uma série de estragos silenciosos. Eles não só lesam o estômago como todo o tubo digestivo. Essas lesões ocorrem porque tais medicamentos inibem a ação da cicloxigenase, enzima fundamental na produção das prostaglandinas. Com a diminuição de prostaglandinas, a mucosa fica exposta a substâncias que são importantes para o processo digestivo, mas podem agredir o estômago, como o ácido clorídrico e a pepsina, enzima responsável pela digestão de proteínas.
Entre as complicações gastrontestinais mais graves que podem ser provocadas pelo uso indiscriminado de anti-inflamatórios estão:

* Úlceras (lesões na parede estomacal ou na primeira parte do intestino delgado);

* Perfurações (orifícios na parede do estômago causados por fluidos e ácidos estomacais se uma úlcera não é tratada);

* Obstrução (fechamento da saída do estômago por causa do inchaço e das cicatrizes de uma úlcera);

* Sangramento no estômago ou no duodeno.
O uso indiscriminado de anti-inflamatórios também pode agravar certos problemas de saúde. Alguns dos riscos relacionados à má administração desses medicamentos são toxicidade para rins e fígado, causando insuficiência renal e hepatite. Pode haver também aumento de apetite, aumento de peso, anorexia, aumento da pressão arterial, fraqueza, dores de cabeça, insônia, alergias, sangramentos pulmonares, inibição do ciclo menstrual, além de mascarar doenças, dificultando o processo de diagnóstico e tratamento. Há também suspeitas de alterações cardiovasculares.

Em todo o mundo, mais de 30 milhões de pessoas recorrem diariamente aos anti-inflamatórios para combater dores crônicas, muitas vezes praticando a automedicação e sem conhecer os riscos desse tipo de medicamento. Embora a probabilidade de lesões aumente de acordo com a freqüência do uso do medicamento e a dosagem, um único comprimido já pode afetar o sistema gastrointestinal., Tomar o anti-inflamatório com leite ou nas refeições não reduz os riscos. A melhor maneira de evitar problemas é utilizar esses remédios só sob orientação médica.
Fonte:

Consumo de Analgésicos.




Analgésicos é uma classe de medicamentos que apresentam a característica de aliviar a dor. Apesar de não necessitarem de prescrição, só devem ser utilizados sob orientação médica. O analgésico mais conhecido é a aspirina (ácido acetilsalicílico), mas outros compostos quimicamente semelhantes como o paracetamol e o ibuprofeno também são usados como analgésicos (Figura abaixo).


Muitos analgésicos compartilham um efeito colateral comum, a sonolência, de modo que em algumas formulações utilizam a cafeína para minimizar este efeito, já que ela apresenta um efeito estimulante.




Um dos maiores perigos do uso de analgésicos é a dependência química. Alguns medicamentos que podem ser comprados sem receita médica usados para aliviar a dor podem viciar em apenas 3 dias de uso contínuo. A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA – Medicines and Healthcare products Regulatory Agency) adverte quanto a esse fator viciante dos analgésicos e recomenda não tomá-los por mais de três dias seguidos e utilizá-los só quando e como o médico indicar. Os principais analgésicos que levam à dependência química são os que contêm codeína e dihidrocodeína em sua fórmula. Tais substâncias são principalmente utilizadas em pacientes com processo doloroso grave. Também podem causar sensações de cansaço e irritabilidade caso sejam utilizados regularmente. Segundo a MHRA, deve-se preferir um analgésico que contenha paracetamol e somente se a dor não passar, usar um outro que contenha as tais substâncias viciantes.




Um outro fator importante é que a dipirona e o paracetamol, dois dos analgésicos entre os dez remédios mais vendidos no Brasil, trazem riscos raros, mas importantes para determinados pacientes. Dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que em dez anos houve 810 casos de reação à dipirona, 20% graves e associados à hipersensibilidade de usuários. O paracetamol gerou 194 notificações, 17% deles graves, principalmente por problemas hepáticos. O paracetamol não deve ser tomado em grandes quantidades. A dipirona causa a destruição de células de defesa, mas a ANVISA concluiu que os benefícios da droga superavam os riscos.



Segue abaixo uma tabela com algumas formulações comerciais de analgésicos disponíveis no mercado nacional em março de 2001.






Profissionais de saúde alertam que analgésicos devem ter seu uso limitado e que demandam, sim, orientação médica, apesar de a legislação brasileira permitir propaganda e venda direta ao público leigo, por serem substâncias com anos no mercado sem problemas graves freqüentes.
O uso indiscriminado de analgésicos pode mascarar os sintomas reais da doença adiando o seu tratamento. A dor é um apenas um sintoma e a automedicação dificulta o diagnóstico correto da doença, adiando assim o tratamento adequado e promovendo sua evolução. A orientação médica é de fundamental importância, visto que a sobredosagem de analgésico pode desencadear problemas gástricos, renais e cardíacos, podendo inclusive provocar alguns tipos de cefaléias que podem se tornar crônicas (o uso em demasia de analgésicos danifica o sistema de regulação da dor, desenvolvendo dor crônica).



Os analgésicos só devem ser tomados esporadicamente e após diagnóstico médico!



Fontes:







quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sobre o Blog.


A automedicação é uma prática bastante difundida não apenas no Brasil, mas também em outros países. Devido a um cotidiano agitado unido a maus hábitos alimentares e pouca prática de exercícios físicos, ao primeiro sinal de uma possível doença as pessoas procuram soluções rápidas para resolver o problema, muitas vezes de forma incorreta.
Em alguns países, com sistema de saúde pouco estruturado, a ida à farmácia representa a primeira opção para resolver um problema de saúde, e a maior parte dos medicamentos consumidos pela população é vendida sem receita médica. Contudo, mesmo na maioria dos países industrializados, vários medicamentos de uso mais simples e comum estão disponíveis em farmácias, drogarias ou supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de prescrição médica. Dentre as classes de medicamentos mais utilizados sem um controle médico têm-se analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
O uso indiscriminado de medicamentos tem preocupado profissionais de saúde. A ingestão excessiva ou indevida e as reações adversas aos medicamentos lideram o ranking nacional de intoxicação há sete anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) empreende atualmente uma campanha para combater esse descontrole no acesso aos medicamentos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem trabalhado para implementar programas de controle, regulamentação e fiscalização.
A automedicação traz riscos à saúde que podem muitas vezes ser irreversíveis. Todos os anos cerca de 20 mil pessoas morrem no país vítimas da automedicação. Grande parte dos problemas causados são relacionados à intoxicação, à interações medicamentosas e às reações de hipersensibilidade ou alergia. Ao tomar um medicamento por conta própria, e sem o acompanhamento de um médico, o paciente não estará sendo observado no que diz respeito a efeitos colaterais, por exemplo. A maioria dos medicamentos tem uma composição química que pode trazer sérios danos ao organismo caso não sejam ministrados em uma dosagem correta. Detalhes como horários e quantidades devem ser levados à risca e monitorados, através do acompanhamento do profissional da saúde.

Criado como forma de avaliação da Disciplina de Bioestatistica ministrada pelo professor Luis Paulo para o Curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), este blog trata-se de um trabalho de pesquisa sobre o uso indiscriminado de medicamentos, com o intuito de destacar a importância da estatística na área da saúde. Serão apresentados dados e informação tanto de carater global quanto a nível nacional. Toda bibliografia e referências estarão dispostos no final do post para quem tiver um interesse futuro no assunto ou quiser conferir os dados.
Autores:
JACQUELINE NATIVIDADE DOS SANTOS SILVA DRE: 110083792
THAYSSA PINTO RIBEIRO DRE: 110083467