quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Consumo de Analgésicos.




Analgésicos é uma classe de medicamentos que apresentam a característica de aliviar a dor. Apesar de não necessitarem de prescrição, só devem ser utilizados sob orientação médica. O analgésico mais conhecido é a aspirina (ácido acetilsalicílico), mas outros compostos quimicamente semelhantes como o paracetamol e o ibuprofeno também são usados como analgésicos (Figura abaixo).


Muitos analgésicos compartilham um efeito colateral comum, a sonolência, de modo que em algumas formulações utilizam a cafeína para minimizar este efeito, já que ela apresenta um efeito estimulante.




Um dos maiores perigos do uso de analgésicos é a dependência química. Alguns medicamentos que podem ser comprados sem receita médica usados para aliviar a dor podem viciar em apenas 3 dias de uso contínuo. A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA – Medicines and Healthcare products Regulatory Agency) adverte quanto a esse fator viciante dos analgésicos e recomenda não tomá-los por mais de três dias seguidos e utilizá-los só quando e como o médico indicar. Os principais analgésicos que levam à dependência química são os que contêm codeína e dihidrocodeína em sua fórmula. Tais substâncias são principalmente utilizadas em pacientes com processo doloroso grave. Também podem causar sensações de cansaço e irritabilidade caso sejam utilizados regularmente. Segundo a MHRA, deve-se preferir um analgésico que contenha paracetamol e somente se a dor não passar, usar um outro que contenha as tais substâncias viciantes.




Um outro fator importante é que a dipirona e o paracetamol, dois dos analgésicos entre os dez remédios mais vendidos no Brasil, trazem riscos raros, mas importantes para determinados pacientes. Dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que em dez anos houve 810 casos de reação à dipirona, 20% graves e associados à hipersensibilidade de usuários. O paracetamol gerou 194 notificações, 17% deles graves, principalmente por problemas hepáticos. O paracetamol não deve ser tomado em grandes quantidades. A dipirona causa a destruição de células de defesa, mas a ANVISA concluiu que os benefícios da droga superavam os riscos.



Segue abaixo uma tabela com algumas formulações comerciais de analgésicos disponíveis no mercado nacional em março de 2001.






Profissionais de saúde alertam que analgésicos devem ter seu uso limitado e que demandam, sim, orientação médica, apesar de a legislação brasileira permitir propaganda e venda direta ao público leigo, por serem substâncias com anos no mercado sem problemas graves freqüentes.
O uso indiscriminado de analgésicos pode mascarar os sintomas reais da doença adiando o seu tratamento. A dor é um apenas um sintoma e a automedicação dificulta o diagnóstico correto da doença, adiando assim o tratamento adequado e promovendo sua evolução. A orientação médica é de fundamental importância, visto que a sobredosagem de analgésico pode desencadear problemas gástricos, renais e cardíacos, podendo inclusive provocar alguns tipos de cefaléias que podem se tornar crônicas (o uso em demasia de analgésicos danifica o sistema de regulação da dor, desenvolvendo dor crônica).



Os analgésicos só devem ser tomados esporadicamente e após diagnóstico médico!



Fontes:







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